Apoio a Greve das professoras e professores de Minas Gerais

Tulio Barbosa - MARÇO de 2022

PISO SALARIAL É DIREITO.

PROFESSORAS E PROFESSORES MERECEM RESPEITO.

ZEMA PAGUE 


Ensino médio (medíocre)?

Tulio Barbosa - julho de 2021

As classes dominantes tem na educação uma grande aliada, pois em nome da educação se pode constituir as maiores barbaridades contra o povo pobre e oprimido. Assim, as reformas educacionais sempre tiveram as justificativas voltadas para melhorar a educação, todavia, nunca houve, de fato, melhoria na educação oferecida para o povo pobre. Não se ensina a construção de um caminho científico ou mesmo um caminho de intervenção política e imediata na realidade. A escola ensina conteúdos e esses passam pelas alunas e alunos de forma direta sem dialogar com sua condição de vida. 

A reforma do ensino médio argumenta que os conteúdos não agradam aos estudantes e tornam a escola um lugar desagradável para aprender, ou seja, argumentam que a escola precisa ser mais atraente. Bem como buscam constituir a aptidão pela especialização dos conhecimentos desde a adolescência, ou seja, não existe uma preocupação em formar uma sociedade a partir do pensamento reflexivo de bases científicas, culturais e históricas. Não existe um movimento para que a ciência em todas as suas dimensões formem, de fato, mulheres e homens cientistas. 

Ao tecer os conteúdos pela BNCC o Estado estabelece um conjunto de temas e problemas que limitam a relação real entre o sujeito que aprende, o mundo vivido e o planejamento da própria existência.

O conhecimento escolar estará vinculado as exigências da BNCC confirmando uma escola distante das pessoas, ou seja, uma escola formativa não no sentido amplo, mas da especificidade das exigências do Estado, todavia, o Estado não criou ou fundamentou um escola que direcionasse alunas e alunos para a ampla compreensão do seu papel na sociedade por meio da participação científica, política e histórica. A preocupação dessa reforma é simplesmente compactuar com um conjunto de valores que atrelam diretamente o conhecimento ao mercado e não aos interesses para melhorar o próprio país.

Deste modo, destacamos que a mudança central está na carga horária dos alunos e alunas e, deste modo, serão adotados conhecimentos a partir de uma base curricular comum e com isso haverá a escolhas de um itinerário formativo. Logo, tais mudanças efetivarão uma relação entre escola e empresa, escola e mercado, escola e profissão, subtraindo pouco a pouco o conhecimento como construção social para a transformação da nação em lugar mais justo, fraterno e plural.